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- A festa a Nossa Senhora dos Altos Céus e as danças tradicionais da Lousa : o valor da cultura de um povo, a força da sua identidade, coesão social e economia da cultura perante a era da globalizaçãoPublication . Francisco, Helena Maria de Matos Gregório Vicente; Ribeiro, José da SilvaO grande objetivo deste trabalho, do ponto de vista antropológico, consiste em fazer chegar a um público geral o resultado de todas as investigações relacionadas com o conjunto de práticas performativas e comportamentos rituais próprios da aldeia da Lousa no distrito de Castelo Branco. Estudamos, por isso, um contexto específico, uma festa realizada todos os terceiros domingos de Maio, condição premente desde a data a que remonta uma lenda que justifica a sua realização. Neste caso específico de estudo, a vida quotidiana da Lousa apresenta-se à margem destes rituais que congregam o corpo comunitário uma vez por ano. Essa festa envolve um conjunto de práticas distintas de carácter religioso e pagão. Estes dois elementos fundem-se num só, onde o objetivo primeiro é presentear a Santa padroeira por um favor concedido em tempos áureos relacionado com a referida lenda. Todas estas práticas pautam-se por um tom profundamente religioso e ritualista pouco usual no nosso país. A tese relata a experiência prática de um grupo de cidadãos que teimam em manter viva a tradição, seguindo fielmente o que lhes foi ensinado e transmitido através do tempo, estabelecendo, assim, uma relação entre o seu padrão identitário, e a valorização da sua cultura, que passa por uma perspetiva espontânea e natural, por assim dizer, para uma perspectiva Cultural. Estudar estes rituais é perceber a comunidade na sua essência e fora dos padrões comuns, é entendê-la associada a um modo de vida mais puro que existiu e que ainda teima em subsistir. Assim, consideramos pertinente referir que a nossa preocupação passa por colocar em evidência para futura reflexão o risco de se perderem estas práticas locais, face a um pensamento dominante e homogéneo. Atravessamos, assim, uma fase profundamente materialista fazendo com que os interesses economicistas dominem todas as tendências existencialistas e todos os setores sejam, inevitavelmente, afetados por este novo modo de pensar, nomeadamente a cultura.