Browsing by Author "Silva, Clarinda Isabel Soares da"
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- Preconceitos etnoculturais: meio rural e meio urbano: contributo para a educação interculturalPublication . Silva, Clarinda Isabel Soares da; Ferreira, Manuela Malheiro; Miranda, JoanaResumo - A sociedade contemporânea revela-se indiscutivelmente pluricultural. A crescente globalização, a abertura das fronteiras no espaço europeu, o desenvolvimento das comunicações e a mobilidade das populações originam fenómenos que incrementam os contactos entre povos e culturas. A diversidade étnica e cultural da sociedade reflecte-se nas nossas escolas e, como tal, esta nova realidade coloca novos desafios aos intervenientes no sistema educativo, criando a necessidade de institucionalizar políticas e práticas multiculturais. Assim, a escola deve respeitar e acolher as diferenças culturais, étnicas, linguísticas e outras e promover a autoconfiança e a auto-estima das crianças, impulsionando interacções livres de preconceitos e adequadas para gerar entendimento e cooperação entre todos. O objectivo do nosso estudo é reflectir sobre os estereótipos e preconceitos etnoculturais dos alunos de nacionalidade portuguesa, no meio rural e no meio urbano, face a quatro grupos cultural e etnicamente, diferentes do seu. A imagem que construímos do “outro” determina as nossas atitudes perante ele, esta, ao ser enviesada, fomentará o preconceito e dificultará a sua integração. No entanto, a consciencialização desta realidade possibilitará desenhar intervenções inibidoras da intolerância e da rejeição. A educação possibilitará superar alguns dos preconceitos que acompanham a sociedade do século XXI e promover a igualdade de oportunidades, o direito à identidade e o respeito pela diversidade. O estudo está dividido em duas partes, a primeira aborda conceitos teóricos e algumas reflexões quanto às migrações, à intolerância e preconceitos e à educação intercultural; a segunda expõe o estudo empírico, designadamente a metodologia, tratamento e análise de dados (recolhidos junto a alunos de 5º e 9º anos de escolaridade, de duas escolas do ensino público e uma do ensino privado, em dois meios distintos, rural e urbano) e as conclusões. Ao confrontarmos as hipóteses formuladas com os resultados obtidos, uma das conclusões é que os alunos se autoavaliam como pouco racistas mas avaliam os portugueses como sendo mais racistas. O índice de racismo calculado mostra-nos que não há diferenças estatisticamente significativas entre o meio rural e o meio urbano, embora em dois dos itens que o constituem elas existam, nomeadamente, na autoavaliação do sujeito e na avaliação dos portugueses (é no meio urbano que os alunos se consideram menos racistas e avaliam os portugueses como mais racistas). De modo geral, das sete hipóteses formuladas apenas não se confirmou a influência do ter ou não contacto com estrangeiros nos preconceitos dos alunos, uma vez que, os índices atitudinais calculados para os exogrupos em estudo não apresentam significâncias. Ao chegar o termo sentimos que ao longo deste percurso foram surgindo outras perspectivas de análise, igualmente interessantes, para desenvolver em posteriores investigações
