Browsing by Author "Serra, Elsa Maria Mecha Louro Pereira"
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- A integração do 1º Ciclo nos agrupamentos verticais de escolas: o funcionamento do conselho pedagógico de um agrupamento do Concelho de SintraPublication . Serra, Elsa Maria Mecha Louro Pereira; Grave-Resendes, LídiaResumo Esta investigação foi realizada no âmbito do Mestrado em Administração e Gestão Educacional, tendo como tema “A INTEGRAÇÃO DO 1º CICLO NOS AGRUPAMENTOS VERTICAIS DE ESCOLAS – o funcionamento do Conselho Pedagógico de um Agrupamento do Concelho de Sintra”. Procurou conhecer as percepções dos professores do Conselho Pedagógico sobre a formação do Agrupamento Vertical de Escolas e as alterações decorrentes da sua constituição. Para isso foram formulados seis objectivos de investigação, através dos quais se pretende conhecer a dinâmica do Conselho Pedagógico antes da formação do Agrupamento Vertical de Escolas e após a integração do 1º ciclo nesse Agrupamento; contribuir para a identificação de factores gerais considerados positivos ou negativos pelos professores do Conselho Pedagógico, em resultado da formação de Agrupamentos Verticais de Escolas; descrever dificuldades e benefícios para a escola do 1º ciclo por estar representada no Conselho Pedagógico do Agrupamento e para o(a) professor(a) que aí a representa e contribuir para a identificação de factores positivos e negativos resultantes do facto do representante de cada escola no Conselho Pedagógico não ser o Coordenador de Estabelecimento. A investigação inseriu-se no paradigma qualitativo e é de carácter exploratório e descritivo. Utilizou como instrumentos de recolha de dados a análise documental, a entrevista individual e o grupo focal e recorreu ao processo de análise de conteúdo, realizado segundo MORGAN. As principais conclusões obtidas foram as seguintes: Antes de existir o Agrupamento, a dinâmica da reunião dependia das pessoas que integravam o CP e da forma como a presidente a preparava e conduzia. As ordens de trabalho eram mais restritas. Os assuntos debatidos relacionavam-se com a vida da escola, a produção de todos os documentos internos necessários, a análise da legislação, a formação dos docentes e com os problemas e questões pedagógicas e comportamentais relacionadas com os alunos da escola. Depois da formação do Agrupamento ocorreram alterações, motivadas pelo número de elementos, as extensas ordens de trabalho, a necessidade de muito trabalho prévio, a diversidade e complexidade das temáticas abordadas, a falta de tempo para o debate e reflexão, a necessidade de criar ou reformular numerosos documentos e a adaptação de procedimentos até então normais que sofreram alterações com a entrada dos representantes do 1º ciclo e pré-escolar. A formação do Agrupamento determinou a existência de aspectos positivos e negativos. Entre os primeiros salienta-se a possibilidade de aprendizagem e de partilha mútua de experiências, estratégias e dificuldades, a procura de coesão organizativa, documental e de uma identidade comum. Também a existência de actividades globais e o melhor conhecimento dos programas disciplinares, das dificuldades e potencialidades dos alunos que vão do 1º ciclo para a EB2,3 ou a maior unidade entre docentes podem ser considerados positivos. De forma negativa surge a perda de autonomia das EB1 (financeira, material e ao nível das decisões), a falta de um espaço próprio de debate e reflexão na EB2,3, o excesso de trabalho para quem está nos órgãos e o não envolvimento de toda a comunidade educativa no processo. Cada ciclo percepcionou que houve ganhos e perdas (em que os ganhos foram maiores para o outro ciclo e menores para si). Todos mencionaram a falta de meios para atingir objectivos, a falta de tempo para reflectir e trabalhar e o excesso do número de alunos, com todos os problemas que daí decorrem. Para as escolas do 1º ciclo houve dificuldade na eleição dos representantes e no abandonar de vários hábitos e práticas. Houve benefícios na diminuição de algum isolamento e no poder planificar, partilhar e trabalhar em conjunto, tanto ao nível horizontal como vertical, bem como um maior protagonismo assumido nas decisões relacionadas com o Agrupamento. Para o representante do 1º ciclo no CP ocorreu uma aprendizagem, um crescimento e uma evolução pessoal e profissional, com uma visão mais abrangente das escolas. As maiores dificuldades estiveram na preparação das reuniões do CP, na responsabilidade de representarem a escola e decidirem por ela, na articulação com a coordenadora de estabelecimento para a preparação do Conselho de Docentes e na transmissão de informação. Ao nível pessoal, no número de horas de trabalho sem nenhuma contrapartida. A existência de dois coordenadores no 1º ciclo parece ter mais consequências negativas, ao nível da articulação e da divisão de papéis, não sendo considerada necessária em todas as situações. De positivo, a possibilidade de maior divisão do poder e uma maior democraticidade