Browsing by Author "Rolha, Paula Maria Pereira Barroso"
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- Malformações fetais : que futuro?Publication . Rolha, Paula Maria Pereira Barroso; Oliveira, Teresa; Oliveira, AmílcarAs mulheres grávidas sempre acreditaram que um acontecimento desagradável durante a sua gestação - um acidente, um susto, uma grande tristeza - pudesse conduzir ao nascimento de uma criança imperfeita, ou, pior, de um "monstro". Desde a década de 70, os avanços da genética e o aperfeiçoamento do diagnóstico pré-natal (DPN) alteraram essa situação, já que não se tratava mais de apreensões vagas, mas sim, frequentemente, da previsão de um acontecimento bem preciso. Aproximadamente 3 a 4% dos recém-nascidos têm algum defeito congénito grave. Alguns deles só se descobrem quando a criança cresce. Aproximadamente em 7,5% das crianças com menos de 5 anos diagnostica-se um defeito deste tipo, embora muitos deles sejam insignificantes. Não deve surpreender que se produzam tantos defeitos congénitos, considerando a complexidade do desenvolvimento de milhões de células especializadas que constituem um ser humano a partir de um só óvulo fecundado. Assim, propomo-nos avaliar a frequência e a distribuição de alterações fetais em todos os nascimentos ocorridos na maternidade do Hospital de Santarém E.P.E. desde 1 de janeiro 2000 a 31 de dezembro 2010. Realizou-se para tal uma análise retrospetiva com base no registo de malformações fetais, disponível pelo RENAC (Registo Nacional de Anomalias Congénitas) nos dados da consulta de Diagnóstico Pré Natal e do registo de partos da referida maternidade, comparando o número e tipo de malformações com a sua distribuição pelos vários concelhos da região. Num total de 17069 casos, 3,11% apresentavam algum tipo de anomalia congénita sendo que 1/5 destas corresponderam a Interrupções Médicas de Gravidez (IMG) por anomalias graves diagnosticadas no período pré-natal.