Browsing by Author "Rodrigues, Arminda Mendes"
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- A Igreja de Nossa Senhora da Vitória: irmandade e hospício: 1530-1862Publication . Rodrigues, Arminda Mendes; Câmara, Maria Alexandra Gago daA Igreja de Nossa Senhora da Vitória é uma das pequenas igrejas da Baixa Pombalina, que teve a sua primeira edificação em 1556, agregando a si um Hospício, que se encontrava adstrito ao Hospital de Todos-os-Santos, por vontade expressa da Irmandade de Caldeireiros, fundada em 1530, e de alguns devotos da Virgem da Vitória. Completamente destruídos em 1755, o conjunto Igreja/Hospício são reedificados entre 1765 e 1824. O trabalho encontra-se dividido em duas partes. Na primeira, apresentamos, numa perspectiva cronológica, contextualização, fundação e evolução da história da Irmandade, como materialização das obras de misericórdia e da devoção e culto marianos, legitimadas através da edificação da Igreja e do Hospício. Porém, a falta de vestígios materiais, destruídos pelo terramoto de 1755, não nos permitiu o estudo do primeiro conjunto arquitectónico. Repleta como se encontrava a Baixa, e toda a cidade, de notáveis edifícios religiosos e de importantes e ricas confrarias, foi nosso objectivo tentar compreender (na sequência da importância que determinadas irmandades e confrarias de leigos tiveram ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII) a importância e a acção da Irmandade de Nossa Senhora da Vitória. Fizemolo através de um estudo comparativo, evidenciando a importância do seu Hospício e Igreja, como locais de assistência, espaços de sociabilidade e prática devocional. Na segunda parte, que constituirá o cerne deste trabalho, estudou-se a nova Igreja e Hospício, edificados após a catástrofe, e sua implantação na renovada malha urbana da cidade, projectada por Eugénio dos Santos. A contextualização artística da nova Igreja passou pela sua definição dentro do estilo pombalino, procedendo-se também ao levantamento e estudo do equipamento artístico: talha, azulejo, pintura e escultura. Ainda se pensou na possibilidade de um terceiro capítulo referente às obras, de beneficiação e restauro, que decorreu em 1940, mas depois da consulta do Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa, Arquivo Histórico do Ministério do Equipamento, Planeamento e Administração do Território e da Direcção Geral de Edifícios e Monumentos Nacionais, verificamos a impossibilidade de o fazer, não só devido à inexistência de quaisquer elementos que nos ajudassem a suportar a hipótese de um restauro, mas também, porque dos parcos elementos encontrados no Arquivo Histórico da Câmara, um pedido de licenciamento de obras e dois pedidos de prorrogação do prazo, concluímos que se trataram de simples obras de manutenção do edifício, com especial incidência na cobertura. Para a primeira parte deste estudo, recorremos a fontes manuscritas e impressas e outras monografias de referência, pois o primitivo tombo da Igreja ficou completamente destruído no incêndio que se seguiu ao Terramoto. Para a segunda parte, o estudo baseou-se fundamentalmente, na investigação sistemática da documentação existente no arquivo da Irmandade, (no que nos foi possível e permitido consultar), completado pela pesquisa noutros arquivos como a Torre do Tombo, Arquivo do Patriarcado, o Arquivo da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, Arquivo Histórico da Câmara Municipal de Lisboa, Arquivo Histórico do Ministério do Equipamento e Administração do Território, Gabinete de Estudos Olisiponenses. Apresentaremos ainda no primeiro volume, o apêndice documental, com documentação inédita encontrada no arquivo da Irmandade e um segundo volume que integrará o material iconográfico com mapas, planta e alçado, gravuras e fotografias da Igreja e seu equipamento artístico. Justifica-se também este estudo, na defesa do património urbano e do património arquitectónico religioso, e de um edifício classificada como Imóvel de Interesse Público, inserido numa área candidata a Património da Humanidade, a Baixa Pombalina