Browsing by Author "Resende, Ana Rita Pinto"
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- Alimentar no final da vida : transição do familiar cuidador para a recusa alimentarPublication . Resende, Ana Rita Pinto; Lopes, ManuelO presente estudo submetido ao tema, alimentar no final de vida, foi desenvolvido no contexto do mestrado, em comunicação em saúde A pergunta de partida proposta foi Como é que o familiar cuidador experiencia a transição para a recusa alimentar do doente oncológico adulto, em cuidados paliativos? A investigação foi alicerçada no paradigma qualitativo, sendo um estudo exploratório e descritivo. Teve como objectivos, compreender a função da alimentação na estrutura de cuidados do familiar cuidador; compreender como o familiar cuidador viveu a progressiva recusa alimentar da pessoa cuidada, até ao momento da morte. Realizaram-se dez entrevistas semi-estruturadas, a familiares cuidadores de doentes oncológicos adultos, em cuidados paliativos, sendo a análise de conteúdo do tipo indutiva. Os dados revelaram que o processo de transição decorre num contínuo, mas foi esquematizado em três fases, para facilitar a sua interpretação. Estas são: despertar para a doença – sem recusa alimentar alertando para a doença; lutar contra a morte – recusa inicial, consciencializando o agravamento da doença, entre o aceitar e o negar a morte – o confronto sistemático com a recusa alimentar consciencializando a proximidade da morte, tendo a última uma subdivisão, a morte iminente. Concluímos que o familiar cuidador está a vivenciar, simultaneamente com o processo de recusa alimentar, um processo de transição de desenvolvimento pessoal, que decorre ao longo da doença e persiste, mesmo após a morte da pessoa cuidada. A alimentação assume-se como um barómetro da doença na qual o familiar cuidador projecta as suas respostas à perda. Há factores condicionantes inerentes ao contexto da alimentação e da doença que, para além de se influenciarem entre si, influenciam as respostas do familiar cuidador à recusa alimentar e ao luto. A compreensão desses factores, pelo familiar cuidador, sofre uma evolução no decorrer da doença pelo que se manifesta na resposta vivencial.