Browsing by Author "Ramos, Isabel Maria Teixeira Peixoto"
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- "Era uma vez... outra vez" : visualidade e (re)criação do imaginário com Ana Saldanha : experiência num clube de leituraPublication . Ramos, Isabel Maria Teixeira Peixoto; Bastos, GlóriaOs contos tradicionais (re)criados por Ana Saldanha, da coleção ”Era uma vez…outra vez”, atualizam o papel que o imaginário e o simbólico podem ter no público juvenil, como transmissores de valores e sentidos profundos. Despertando a curiosidade e o gosto pela descoberta, permitem ao leitor ativo a possibilidade de percorrer o texto imagético e construir ou corroborar os sentidos, expressos numa linguagem contextualizada nas visões do mundo dos jovens (pré) adolescentes. Partindo das obras desta coleção, em Clube de Leitura, pretende-se uma abordagem original ao imaginário simbólico que as seis obras encerram, ao mesmo tempo que defenderemos que o texto literário recriado pela autora contém características comuns com a arte cinematográfica, transformando os contos tradicionais em narrativas visuais, tal como o tentaria um guionista, adaptando-se, também assim, às preferências do seu público/espectador: jovens que privilegiam o visual e o mediático, próprio da sociedade da informação em que vivem. Escrever visualmente parece ser a atitude perfeita para cativar o público juvenil para um encontro com a leitura, em tudo o que ela encerra de lúdico, de estético e de pedagógico. A leitura literária possibilitará ao leitor adolescente o acesso ao imaginário humano configurado pela literatura permitindo-lhe criar e alargar o seu horizonte de expectativas e adquirir competências para interagir criticamente com o outro. Pertencendo ao Clube de Leitura, partilhando leituras, textos, imagens e sentidos, o leitor adolescente passa a dispor de um saber que lhe permite experienciar a comunicação literária e refletir em conjunto sobre o poder da linguagem. (Re)descobrir estes textos significa ainda ampliar as experiências do mundo, alargar horizontes e adquirir progressivamente um envolvimento afetivo e uma autonomia que lhe permitirão reescrever, recriar, reinventar, apropriar-se dos textos e dos seus símbolos e integrá-los em novas formas expressivas de “ler o mundo”.