Browsing by Author "Matias, Ana Mafalda dos Santos Portas"
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- (Re)ações de comunicação : um estudo sobre comunicação de crise em organizações públicas e privadas portuguesasPublication . Matias, Ana Mafalda dos Santos Portas; Rodrigues, Donizete AparecidoEm Portugal, atualmente, assiste-se a uma crescente preocupação com a imagem corporativa e suas teorizações. Na última década, editaram-se diversos livros especializados sobre a matéria, com contributos conceptuais e práticos de grande pertinência, que auguram importância crescente a esta área de atividade, em torno da qual se estrutura grande parte do sucesso das organizações modernas. Todavia, o mesmo não se verifica com as crises organizacionais, acontecimentos circunstanciais e extraordinários que, ao que parece, ainda não preocupam suficientemente – exceto em setores de alto risco – os administradores e gestores portugueses. De facto, as instituições reservam o termo “crise” para acontecimentos particularmente graves e com grande visibilidade exterior. Neste ponto específico, é de salientar a influência dos meios de comunicação social, que frequentemente contribuem para amplificar acontecimentos que, na sua essência, não seriam realmente críticos. Daí a necessidade crescente de tratar as crises organizacionais no âmbito da comunicação corporativa, pela notável influência que podem ter na imagem percebida da organização em causa. Não obstante, o certo é que pouco se tem documentado, à escala nacional, sobre gestão da comunicação de crise. Procuramos, pois, com este trabalho, analisar questões relacionadas com a comunicação das organizações, visando conhecer com maior detalhe as estratégias comunicacionais utilizadas por organizações dos setores público e privado em Portugal em momentos de crise, nomeadamente no que diz respeito à informação disponível nas suas páginas web e à comunicação com os média. Foi ainda nossa preocupação compreender se as organizações de caráter privado e de caráter público apresentam, na forma como comunicam nestes momentos, algum tipo de similitudes e/ou dissemelhanças. O trabalho é alicerçado numa metodologia de investigação de natureza qualitativa, consubstanciando-se a componente prática do mesmo num estudo exploratório – e concretamente um estudo de caso – no ámbito do qual recorremos à técnica de análise de conteúdo como ferramenta metodológica para fazer a descrição e a análise dos dados. A estrutura da tese denuncia a clara intenção de partir do geral para o particular: antes de alcançarmos o objeto central da investigação, procedemos à sistematização das principais perspetivas sociológicas sobre as organizações desde o início do século XX e do papel das mesmas na sociedade pós-industrial. Só depois iniciámos um estudo aturado sobre as Relações Públicas na Comunicação Institucional, no âmbito do qual foi possível descrever e sistematizar o contributo das Relações Públicas para a prossecução dos objetivos gerais da instituição. Seguimos com uma apresentação das principais dicotomias e particularidades das organizações públicas e privadas em Portugal, ao que se seguem as conceptualizações sobre Crises Organizacionais e o capítulo sobre Comunicação de Crise; aqui, abordamos a temática da comunicação de crise sob as perspetivas preventiva e reativa e a comunicação interna nestes momentos, bem como a gestão do pós-crise, digna de relevo na medida em que pode configurar oportunidades. A etapa pós-traumática é essencial no futuro das organizações, representando o momento em que se devem tomar decisões corretivas, extraindo ensinamentos do ocorrido e devolvendo confiança aos públicos internos e externos. No términus do trabalho apresentamos os resultados do estudo de caso levado a cabo, que sustentam conclusões pertinentes: na última década, as possibilidades oferecidas pela web 2.0. modificaram todas as facetas da existência humana, e o jornalismo e a comunicação organizacional não foram exceção. Perante esta realidade, as organizações deveriam compreender o impacto que as novas tecnologias podem ter em momentos de tensão, e já deveriam ter transformado os seus tipos de resposta padrão de há uma década num diálogo online. No entanto, a realidade mostra-nos uma insuficiente e redutora utilização dos meios e suportes de comunicação disponíveis para garantir rapidez e transparência na relação com os seus stakeholders em momentos de crise.