Browsing by Author "Martins, Olga Guimarães"
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- Condições de vida e de trabalho na Inglaterra da Revolução IndustrialPublication . Martins, Olga Guimarães; Relvas, Maria de Jesus C.A Revolução Industrial inglesa fomentou o desenvolvimento ao nível da produção de bens e serviços, tão comuns na vida moderna, operando uma mudança radical na estrutura económica, social e política. Devido às revoluções verificadas na agricultura, na indústria, nas comunicações e nos transportes, Inglaterra tornar-se-ia a primeira nação industrial durante o século XIX. Assistiu-se ao investimento de capital na agricultura e na indústria, à urbanização e à consequente concentração da população nas cidades industriais, então recentemente criadas, e à desertificação dos espaços rurais, tendo a fábrica substituído a estrutura familiar de produção. Com o surgimento da “cultura" do vapor, assistiu-se à emergência de uma nova classe social: “the working class". Os novos instrumentos de produção contribuíram para o estabelecimento de novas relações sociais, não descurando a continuidade das tradições políticas e culturais. No entanto, o relacionamento entre patrão e empregado tornou-se mais impessoal e rígido, baseando-se nos princípios do “cash nexus". Esperava-se que a industrialização diminuísse os custos de produção e o esforço humano e melhorasse as condições de vida. Contudo, as cidades ofereciam condições deploráveis aos seus habitantes, transformando-se em locais propícios à difusão de doenças. As fábricas exploravam os trabalhadores, numa tentativa obsessiva de produzir a maior quantidade de produtos possível ao menor preço, recorrendo à mão-de-obra mais barata: mulheres e crianças. Estes seres, tentando equilibrar o orçamento familiar, sujeitavam-se, em conjunto com os homens, às longas horas de trabalho, à rotina, aos baixos salários, à falta de segurança e de condições de higiene. Efectivamente, os resultados humanos desta revolução foram catastróficos