Browsing by Author "Iria, Maria Filomena Madrugo"
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- Violência de género nos media em Portugal: análise do discurso nas redes sociaisPublication . Iria, Maria Filomena Madrugo; Campos, Ricardo; Alves, FátimaAs redes sociais virtuais são um palco privilegiado para a comunicação das mais diversas ideias entre os indivíduos, ultrapassando fronteiras físicas, obstáculos culturais e barreiras de linguagem. A internet faz parte do quotidiano de um número crescente de utilizadores em todo o mundo, promovendo a partilha intercultural cada vez mais facilitada pela partilha de imagens, vídeos e textos com tradução automática, que abrem janelas de conhecimento. Os meios de comunicação social compreenderam a vantagem de se aliar a esta partilha, primeiro criando os seus sites na internet e também participando das redes sociais virtuais. As plataformas de redes sociais são usadas pelos meios de comunicação social para uma aproximação aos leitores, disponibilizando publicações de acesso rápido aos factos noticiados nos seus sites, que vão muitas vezes provocar a participação dos utilizadores que os seguem, através de comentários e republicações. O objeto do nosso estudo incide nos comentários que os utilizadores fazem nas publicações sobre violência de género, nos meios de comunicação social portugueses mais lidos na internet, publicados na rede social virtual com mais utilizadores em Portugal, o Facebook. Através do prisma das representações sociais, a nossa análise perceciona que o público tece considerações que refletem as suas convicções: sobre a aplicação ineficaz da justiça e a desigualdade com que é aplicada de acordo com o género da vítima, sobre os preconceitos, fazem revelações sobre o seu papel pessoal na vivência do fenómeno e manifestam a sua revolta contra os agressores. Exibem as suas representações da realidade partilhando emojis, memes e palavras que ficam presas no ciberespaço, prontas a serem consumidas e interpretadas por outros utilizadores que, em debate, concordam ou contrariam o conjunto. Verificámos que os factos são transmitidos com pouco conteúdo que caracterize os intervenientes e as circunstâncias, mas que fazem questão de referir factores comportamentais que desacreditam as vítimas e legitimam as agressões. Concluímos que este tipo de publicações não coopera na construção de valores ou desconstrução de crenças sobre a violência de género.