Browsing by Author "Chagas, Juarez e Silva"
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- Representações da morte nos meios escolares e universitário Natalenses (Natal, Brasil)Publication . Chagas, Juarez e Silva; Ramos, NatáliaO presente trabalho trata da importância da representação e da subjectividade da morte que habitam não somente no imaginário do ser humano, como também fazem parte de sua constituição psicológica individual e colectiva, enquanto indivíduo social. O medo da morte, por sua vez, também gera conflitos que estas duas condições causam no imaginário, tanto individual quanto colectivo do ser humano. Paradoxalmente, ao longo da nossa existência, em virtude da morte não ser ainda vista e tratada como uma questão comum, nem tão pouco discutida escolar e academicamente, no intuito de um melhor entendimento do desenvolvimento humano e, sobre-tudo, da aceitação da finitude humana, o entendimento deveria completar o conhecimento sobre o próprio ser humano, na sua trajectória em busca, não só do seu próprio conhecimento, como também de uma melhor qualidade de vida, mesmo através da com-preensão da sua finitude. Dever-se-ia esperar que, ao tratar-se sobre o tema da morte e suas respectivas repercussões na sua subjectividade, fosse o meio académico aquele que melhores condições e mais profundo entendimento tivesse sobre esta, quando comparado com outros grupos escolares considerados de níveis inferiores. Porém, o resultado final da nossa pesquisa aponta noutra direcção e apresenta surpresas no que diz respeito a esta visão. O presente trabalho faz uma abordagem geral, sobre o conceito, medos e representações da morte, sobre o entendimento da temporalidade e finitude do ser humano. A partir do que pensamos sobre o ponto de vista psico-socio-cultural concentramo-nos na questão de sua representação social e do medo que dela advém, uma vez que o ser humano é o único, entre todos os animais, que tem a certeza da sua própria morte e contra a qual procura lutar incessantemente. Esta questão remete, evidentemente, para algumas consequências de ordem psicossocial, uma vez que o comportamento humano, frente às adversidades, tem grande importância no que diz respeito ao modo como o indivíduo vive, bem ou mal, no seu meio ambiente, tanto na sociedade, como consigo mesmo. Assim sendo, foi realizado um estudo empírico, tendo-se construído um conjunto de indicadores para retratar o objecto de estudo. A abordagem metodológica foi elaborada através da análise de material iconográfico e do inquérito por questionário. Pensamos, assim, contribuir para outros estudos e debates, pois que a morte ainda constitui, para muitos seres humanos, um dos mais resistentes tabus da actuali-dade, ocupando um lugar de destaque na nossa sociedade, tanto do ponto de vista sub-jectivo, como comportamental e, possibilitar ao mesmo tempo, uma discussão sobre este tema nas escolas e nas universidades, para que, assim, se possa conviver melhor, com a certeza de nossa finitude, a qual faz parte do nosso ser como um todo, mas que se encontra fora dos parâmetros educacionais modernos.