Sustentabilidade Social e Desenvolvimento
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Browsing Sustentabilidade Social e Desenvolvimento by Author "Bento, Paulo Fernando Robalo Lisboa"
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- Inovação e capital social em empreendedorismo social para a redução da pobrezaPublication . Bento, Paulo Fernando Robalo Lisboa; Albuquerque, Rosana; Jacquinet, MarcO empreendedorismo social, congregando as componentes inovação e criação de valor (tradicionais do empreendedorismo) com uma vertente social, permite que as próprias populações em situação de pobreza sejam ativas na resolução do seu problema, podendo beneficiar do capital social existente e da sua promoção nas comunidades, ainda mais necessário nas regiões de maior pobreza, mais frágeis em termos de capital físico e capital humano. A maioria da população mundial ainda vive nos países menos desenvolvidos, grande parte em situação de pobreza, enquanto uma pequeníssima fração da população detém a maior parte da riqueza existente no planeta. A pobreza, e em especial a pobreza extrema, leva a situações de fome e exclusão de acesso à educação e a cuidados de saúde. O aumento que se tem verificado na riqueza mundial, ao mesmo tempo que se mantêm enormes desigualdades na sua distribuição, suscita do ponto de vista da ética em geral, e do utilitarismo em especial, a necessidade de os mais ricos ajudarem os mais pobres a saírem da sua condição desfavorecida. O estudo de empresas sociais de várias partes do mundo mostra-nos a relevância do empreendedorismo social para combater situações de pobreza nos países em desenvolvimento, e também em regiões desenvolvidas. Tendo por objetivo o estudo da inovação em empreendedorismo social e a construção e/ou reforço de capital social, foram pesquisadas empresas sociais de todo o mundo, com os dados a serem objeto de análise quantitativa e qualitativa. Foi desenvolvido um questionário, colocado a cerca de 1.300 empresas sociais, de várias dimensões e partes do globo. Das 254 respostas recebidas resultaram 106 respostas validadas e consideradas nas fases seguintes do trabalho. Pelas respostas obtidas, apurou-se que as empresas sociais são especialmente inovadoras no modelo para apoio às comunidades e no plano de formação (organização), na fidelização de entidades apoiantes e na promoção (financiamento), no estabelecimento de parcerias com entidades públicas e com outras organizações (parcerias). Em termos de construção e/ou reforço de capital social, destaque na contribuição das empresas sociais para a melhoria da integração na sociedade e na contribuição para o aumento da confiança e da inter-ajuda, nas comunidades em que atuam. Verifica-se que as empresas sociais estão mais orientadas para a construção e/ou reforço de capital social do que para a inovação – em especial em termos de parcerias e financiamento –, mais ligados à área da gestão, confirmando a oportunidade da formação e do ensino do empreendedorismo social, contribuindo para desenvolver empresas sociais mais fortes na redução da pobreza, promovendo assim a sustentabilidade social e o seu papel no desenvolvimento sustentável. São várias as implicações deste estudo para a teoria, contribuindo para a literatura nos domínios do empreendedorismo, empreendedorismo social, capital social, pobreza, e combate à pobreza. Com base em análise qualitativa e quantitativa, este trabalho tem implicações práticas para a gestão – no avanço em termos de conhecimento da forma como as empresas sociais inovam, e como utilizam ou ajudam a desenvolver o capital social nas comunidades onde atuam –, e tem implicações na política pública.