Linguística | Capítulos/artigos em livros nacionais / Book chapters/papers in national books
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Browsing Linguística | Capítulos/artigos em livros nacionais / Book chapters/papers in national books by Author "Batoréo, Hanna"
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- Aquisição e aprendizagem da morfologia e morfossintaxe verbal pelos falantes de herança das comunidades imigrantes na SuíçaPublication . Silva, Maria da Luz Santos; Batoréo, HannaO presente estudo, baseado em Silva (2012), foca o processo de aquisição e aprendizagem da competência morfológica e morfossintática, com enfoque na morfologia e morfossintaxe verbal, em aprendentes de um Curso de Língua e Cultura Portuguesas na Suíça de expressão alemã, isto é, falantes de herança (cf. Barbosa e Flores 2011). O grupo da amostra é constituído por 24 sujeitos, com as idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos, que nasceram na Suíça ou vieram com tenra idade para o país, tendo adquirido o Português Europeu em contexto de imersão, no ambiente familiar, e em contexto formal de aprendizagem de Português Língua Não-Materna (PLNM) na Suíça, no âmbito do subsistema do Ensino Português no Estrangeiro, ao atingirem a idade escolar. As produções linguísticas a partir das quais foi constituído o corpus que sustentou a análise do desempenho dos aprendentes foram as narrativas orais provocadas com base em dois estímulos visuais, a História do Cavalo e a História do Gato de Maya Hickmann (1995) (apud Batoréo [1996] 2000: 824-825). O nosso objetivo é examinar o desempenho e o desenvolvimento de crianças adquirindo o português europeu (PE) em contexto plurilingue e, com base numa análise descritiva, verificar a evolução no referido domínio nas faixas etárias compreendidas entre os 6 e os 10 anos, comparativamente à produção de falantes adultos nativos (língua alvo). Os resultados, que interpretamos como reflexo de um processo de desenvolvimento linguístico e cognitivo, demonstram a tendência gradual na aproximação à gramática da língua alvo adulta do PE.
- Aquisição/aprendizagem da competência metafórica no contexto do Português Língua Não Materna: importância da reestruturação conceptual na expressão de emoções e valoresPublication . Batoréo, HannaNo presente texto, desenvolvido no enquadramento da Linguística Cognitiva, pretende discutir-se a noção de competência metafórica (Aleshtar & Dowlatabadi 2014: 1895; cf. Batoréo 2015), no contexto específico da aquisição e aprendizagem do Português como Língua Não-Materna (PLNM). Defende-se que quem aprende uma língua nova deve fazê-lo de um modo conceptualmente adequado, adquirindo consciência metafórica, se o objectivo é comunicar com os outros, usando linguagem figurada, tal como acontece no dia-a-dia entre os falantes nativos (Gibbs 1994). Defende-se, também, que a investigação na área não se pode limitar ao estudo restrito da Linguagem, abrangendo antes a interacção entre as componentes do trinómio Cognição – Linguagem – Cultura. Esta interacção implica incorporação (embodiment), ou seja a conceptualização do mundo que é feita através do nosso corpo, assim como das experiências corporais e actividades efectuadas pelo Homem, mediadas pela cultura em que esta experiência se enquadra, dando, deste modo, origem à incorporação física e cultural. Como as culturas diferem entre si, as emoções ou os valores são conceptualizados em partes de corpo diferentes para veicular e projectar no processo de mapeamento emoções ou valores análogos (cf. Yu 2003, 2007, 2009; Batoréo 2017a, 2017b, 2018, no prelo). Conhecer e aprender como este processo se desenvolve num idioma diferente da nossa língua materna obriga ao falante não-nativo a reestruturar-se conceptualmente (Yu 2007), e garante um processo mais motivado (cf. Boers 2001, Boers et al. 2004, 2007), tendo como objectivo comunicar de um modo figurado e utilizar linguagem igualmente figurada na língua não-nativa. Para ilustrar os fenómenos, serão utilizados exemplos de Português Europeu, Inglês, Polaco e Chinês.
- Aspetos da realidade do português como língua oficial em Timor-Leste: uma reflexão dez anos depois da independênciaPublication . Batoréo, Hanna; Almeida, Nuno; Lourenço, SoraiaO presente estudo tem por objetivo refletir sobre alguns aspetos da situação do Português como Língua Oficial (LO) em Timor-Leste (TL) e sobre a forma como a língua portuguesa (LP) é estudada, perspetivada e avaliada, assim como ensinada dez anos depois da independência do país (2002 – 2012), numa sociedade multilingue como a timorense (cf. Bibliografia). Num primeiro momento, propomo-nos refletir acerca da competência comunicativa de aprendentes/falantes de português língua não materna (PLNM) em que esta assume características de L2 (Lourenço 2011). Pretende-se, ainda, apresentar propostas para uma clarificação da análise da componente escrita, de modo a consciencializar os utilizadores da língua para o seu nível de proficiência em língua portuguesa num determinado momento de aprendizagem. Num segundo momento, na sequência de Almeida (2011 e 2012), reflete-se sobre o PLNM na administração pública em TL, relatando dois exemplos de experiência profissionais específicos: o dos cursos de PLNM para a administração pública e o do funcionamento do projeto da consultoria linguística. Por fim, num terceiro momento, foca-se o interesse sobre os prós e os contras da introdução do recém-apresentado projeto Política da Educação Multilingue Baseada na Língua Materna (cf. Batoréo 2012).
- Competência metafórica dos falantes PLH na SuíçaPublication . Almeida, Bárbara; Batoréo, HannaO plurilinguismo é uma característica intrínseca à Suíça, uma vez que para além do plurilinguismo nacional, com quatro línguas oficiais, há um intenso plurilinguismo individual, devido à grande comunidade estrangeira que vive no país. Com um historial de emigração portuguesa que conta já com várias décadas, é fácil perceber o elevado número de crianças e jovens de origem portuguesa a frequentar o sistema escolar suíço. Muitos destes alunos integram o Ensino de Português no Estrangeiro (doravante EPE), em regime facultativo e após o horário das aulas regulares. Dado o elevado número de alunos que frequenta a rede EPE na Suíça, procuramos com o presente estudo conhecer melhor este público, nomeadamente no que à competência metafórica diz respeito. Como o conceito de competência metafórica é abrangente e complexo, foi necessário delimitar o nosso objetivo e decidimos focar-nos nas expressões metafóricas e metonímicas que envolvem os itens lexicais ‘mão’ ou ‘pé’. A opção por estas expressões baseia-se na teoria da corporização, que será abordada no enquadramento teórico, e deve-se ao facto de ambas as palavras serem muito produtivas no léxico figurado tanto na língua portuguesa como na alemã, que são as línguas dominadas pelos participantes deste estudo. Paralelamente, e com vista a delimitar ainda mais o escopo do objetivo, optamos pela análise da competência metafórica do ponto de vista da produção linguística dos falantes. O presente artigo resulta de um estudo exploratório realizado no ano letivo de 2018/2019 com uma amostra composta por 21 alunos dos cursos do EPE da região de Coira (capital do cantão dos Grisões, na Suíça), desenvolvido no âmbito da dissertação de mestrado de Português Língua Não-Materna da Universidade Aberta.
- Gramática cognitiva: estruturação conceptual, arquitectura e aplicaçõesPublication . Silva, Augusto Soares da; Batoréo, HannaNo presente texto, pretende apresentar-se os princípios fundamentais e a arquitectura geral de uma gramática cognitiva, bem como algumas das suas aplicações. Procuraremos responder a questões como: (i) o que é uma abordagem cognitiva da gramática, (ii) o que há de processos cogn(osc)itivos na gramática, (iii) como é que a gramática está organizada e (iv) quais são as bases conceptuais das classes e construções gramaticais. No quadro da Linguística Cognitiva (Geeraerts & Cuyckens 2007), existem diferentes modelos cognitivos de gramática. Distinguem-se a Gramática Cognitiva, desenvolvida por Langacker (1987, 1991, 1999, 2008) e que é o modelo mais elaborado e influente; a Gramática de Construções, inspirada em trabalhos de Fillmore e desenvolvida por Goldberg (1995, 2006); e a Gramática de Construções Radical, de Croft (2001). Apesar de algumas divergências, todos partilham de um conjunto de princípios fundamentais, que permitem falar de uma abordagem cognitiva da gramática. Depois de expormos os princípios, a arquitectura e as bases conceptuais das categorias gramaticais, ilustraremos aplicações ao Português em quatro estudos de caso, necessariamente reduzidos, por limitações de espaço, aos seus resultados principais: voz gramatical, alternância entre complementação infinitiva vs. finita, elementos de gramática do espaço e do movimento e estrutura conceptual do texto.
- IntroduçãoPublication . Batoréo, HannaTrata-se da Introdução ao livro intitulado "Linguagem – Cognição – Cultura: Teorias, Aplicações e Diálogos com foco na Língua Portuguesa (Português Europeu e Português do Brasil)", publicado pela Universidade Aberta. O livro surge a partir da pesquisa desenvolvida no âmbito do núcleo de investigação do Grupo de Cognição, Linguagem e Comunicação Multimodal – CLCM (durante a sua vigência entre 2017 e 2020), ancorado no Centro de Linguística da Universidade Nova de Lisboa (CLUNL). É constituído por dezassete artigos da autoria de 15 investigadores portugueses, brasileiros e uma pesquisadora polaca, que trabalham no âmbito da área abrangente da Linguagem e Cognição.
- A linguística cognitiva e o mito da linguagem como instintoPublication . Batoréo, HannaDe entre todos os mitos linguísticos com que lidamos no dia-a-dia (cf. Bauer & Trudgill, 1998), o do mito da Linguagem como Instinto, inerente à tese chomskiana da Linguagem e da respectiva Gramática Universal (cf. Chomsky, 1986; Pinker, 1994), é considerado pela Linguística Cognitiva como o maior mito linguístico de sempre, tal como demonstrado por Evans (2014). No presente artigo, partimos da argumentação utilizada por Evans para refutar este mito, propondo, a seguir, uma reflexão teórica que foca a caracterização da Linguística Cognitiva na qualidade de uma abordagem englobante e plural quer do estudo da Linguagem baseada no uso quer da interacção entre Linguagem e a Cognição.
- Que gramática temos para estudar o português língua pluricêntrica?Publication . Batoréo, HannaEntre as línguas pluricêntricas europeias, o alcance do Português ocupa um lugar destacado (cf. Baxter 1992, Silva et al. 2011), sobretudo por ser (i) o idioma nacional de dois países: Portugal e Brasil, (ii) a língua falada na qualidade de variedade(s) galega(s) na Galiza, em Espanha e (iii) a língua oficial numa série de países independentes, ex-colónias portuguesas em África (Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné Bissau, São Tomé e Príncipe) e na Ásia (Timor-Leste). O pluricentrismo, neste caso, significa que estamos perante duas variedades nacionais da Língua Portuguesa – a norma portuguesa e a norma brasileira (e isto independentemente da variação dialectal existente em cada um destes países) –, bem como perante as variedades locais faladas em cada um dos outros países (como, por exemplo, as variedades africanas – angolana e moçambicana –, cf. Raposo et al. 2013), algumas ainda não suficientemente bem estudadas nem conhecidas apesar de muito esforço já desenvolvido neste sentido por linguistas dedicados à investigação na área (cf. site Cátedra de Português). No presente estudo e na sequência das temáticas acima apresentadas, surge uma temática nova, com a qual pretendemos reflectir sobre a questão: (i) Que gramática(s) temos e de que gramática(s) precisamos para estudar o Português língua pluricêntrica? (ii) Trata-se de uma questão até agora não estudada pelos linguistas e ausente das temáticas da área. A motivação para esta proposta vem da recente abordagem conjunta e englobante das mais recentes gramáticas do Português apresentada em Neves & Caseb-Galvão (2014) e da leitura subliminar que esta obra nos oferece. Por conseguinte, ao tentarmos encontrar resposta à questão: “Que gramática para o Português língua pluricêntrica?”, partimos das seguintes perguntas: • Se as gramáticas do Português publicadas nos últimos anos aquém e além Atlântico, elaboradas com abordagens linguísticas modernas e diversificadas, são tão numerosas como demonstra o estudo Neves & Caseb-Galvão (2014), será que esta riqueza reflecte a realidade da Língua Portuguesa no mundo e nos permite encarar a problemática da sua pluricentricidade de um modo informado e representativo? • Ou será que – pelo contrário –, em vez de várias gramáticas parciais de variedades nacionais de que dispomos neste momento, precisamos de uma gramática global do Português pluricêntrico que nos permita olhar para a totalidade da temática da variação interna da Língua Portuguesa de um modo equitativamente distribuído entre as variedades nacionais e as outras, (ainda) não reconhecidas como total, mas igualmente presentes na nossa realidade pluricêntrica?