Sociologia | Sociology
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Browsing Sociologia | Sociology by advisor "Carmo, Hermano"
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- Associativismo, capital social e mobilidade : contributos para o estudo da participação associativa de descendentes de imigrantes africanos lusófonos em PortugalPublication . Albuquerque, Rosana; Rocha-Trindade, Maria Beatriz; Carmo, HermanoOs resultados que se apresentam decorrem de um projecto de investigação sobre a participação associativa de descendentes de imigrantes de origem africana lusófona em Portugal. A problemática sobre a qual se delineou a pesquisa centra-se na compreensão do processo de participação cívica activa na sociedade portuguesa, mediante a análise dos factores que condicionaram o seu envolvimento em associações e das interacções entre a acção individual e o contexto sociopolítico. A questão central orientou-se em dois eixos, relacionados entre si: um primeiro, que procura identificar catalisadores da participação cívica; um segundo, tenta compreender o papel que a participação associativa desempenha na vida dos sujeitos participantes na pesquisa, especificamente no que respeita a trajectórias de mobilidade social. O associativismo é estudado enquanto instrumento de aquisição de capital social, pois permite o acesso a redes sociais que lhe são intrínsecas, e pelos efeitos que exerce em trajectórias de mobilidade individuais. A estratégia metodológica adoptada nesta investigação caracterizou-se pela abordagem qualitativa e a primazia do paradigma interpretativo. A matéria-prima empírica foi recolhida com base em histórias de vida, a partir de múltiplas entrevistas focalizadas nas trajectórias de dirigentes associativos, descendentes de imigrantes africanos lusófonos. A análise das trajectórias conduziu à elaboração de um sistema de catalisação da participação, que sublinha a influência recíproca entre factores estruturais e individuais. Confirma-se o papel do associativismo como fonte de capital social e de capital cultural e que a articulação de ambos favorece trajectórias de mobilidade social ascendente. Evidencia-se que o associativismo promove a socialização para a cidadania.
- Estrela sociológica : um modelo viável para o capital socialPublication . Paiva, Ana; Carmo, HermanoEste é um trabalho de investigação teórica sociológica articulado com as recentes conclusões da neurologia com implicação na epistemologia das ciências sociais. A tese afirma a necessidade de construir um modelo normativo de medida do capital social. Ao longo de uma longa revisão teórica de literatura especializadas a autora posiciona-se contra o reducionismo das abordagens clássicas do capital social, todos eles fundados nos pontos de vista da economia e das ciências política (Fukuyama, Puttnam e Coleman – autores seminais). Ana Paiva defende e constrói um modelo de análise sociológica com carácter multidimensional, interdisciplinar e normativo que permite superar a dicotomia acção-estrutura, avaliar o fenómeno social total assim como iniciar uma revisão crítica do pensamento sociológico baseado em novos pontos de vista. Este modelo de análise destina-se simultaneamente a qualificar e tipificar o capital social de sociedades de extensão variável e baseia-se num padrão normalizável de coesão social. O padrão da coesão social foi estabelecido cientificamente através de um perfil ontológico humano deduzido pela autora a partir das conclusões da neurologia contemporânea publicadas por António Damásio. Ana Paiva articula criticamente o seu modelo com a teoria sociológica clássica e contemporânea, reclamando-se plenamente identificada com o estatuto da disciplina na qual inscreve a sua tese. O referido perfil ontológico sustenta-se na crença da necessidade material da ética e no determinismo da liberdade humana, postulados cuja assumpção não pode dispensar uma revisão epistemológica das ciências sociais. O modelo é uma proposta teórica que requer comprovação empírica.
- Evolução da estrutura orgânica e funcional do Ministério da Educação durante os séculos XIX e XX : 1820-1974Publication . Carvalho, José Manuel de Almeida e Melo de; Neto, João Batista Nunes Pereira; Carmo, HermanoO estudo do Ministério da Instrução/Educação elaborado, contempla uma perspectiva multidisciplinar, sociológica e histórica, em que se aborda o contexto externo, o contexto interno e os resultados da acção ministerial. Contempla-se, em quatro capítulos, a evolução da situação política em Portugal, a organização do sistema de ensino, a evolução da estrutura orgânica e funcional do Ministério da Instrução/Educação e as principais reformas produzidas pelo Ministério. Conclui-se que a situação política se caracteriza por uma tendência conservadora, quebrada por breves períodos revolucionários, em que o ensino é utilizado mais como arma de arremesso político do que é assumido como um instrumento para se atingir a cidadania, o progresso individual ou o progresso sócio-económico do País. As apostas num ensino técnico e profissional coincidem com a necessidade de mão-de-obra e de quadros para se atingirem planos de fomento da economia ou da indústria. Decorrente do contexto político, o sistema educativo não conseguiu definir linhas coerentes de organização, a não ser em épocas de governos “fortes”. A estrutura orgânica e funcional do Ministério acompanha a evolução da restante Administração Pública Central, aumentando progressivamente a sua complexidade, quer por via de uma maior especialização funcional, quer pelo aumento do número de funcionários. Em termos relativos, o Ministério vai assumindo maiores despesas orçamentais, tornando-se, a partir de 1959, o Ministério com maior percentagem do Orçamento Geral do Estado. As reformas educativas raramente abordaram a educação na sua globalidade, discutindo-se frequentemente e reformulando-se o ensino quer pela vertente do ensino superior como oposição ao ensino básico, quer pela vertente contrária, do ensino básico em oposição ao ensino superior. A reforma do ensino, de forma global, em que se envolveu toda a sociedade e portanto se apresentava com uma sólida base social de apoio, foi levada a cabo por Veiga Simão mas, foi a mesma interrompida pela Revolução de 25 de Abril de 1974.
- A intervenção em parceria na violência conjugal contra as mulheres : um modelo inovador?Publication . Costa, Dália Maria de Sousa Gonçalves da; Carmo, Hermano; Silva, Luísa Ferreira daNa modernidade, em que se valoriza a individualização, o afecto como base da família e a racionalização dos processos de garantia de direitos sociais, gera-se uma tensão entre família e Estado na definição dos limites da intervenção (pública) sobre a violência na família, entendida como reduto de privacidade. A interpretação da violência conjugal contra as mulheres como questão de género sustenta a intolerância em relação ao domínio masculino, definindo que compete aos Estados e não às famílias resolver este problema social. A parceria tem vindo a ser discursivamente apresentada como boa prática, representando empenho colectivo em lidar com o fenómeno, não obstante, são poucos os estudos sociológicos sobre a intervenção feita em parceria. Este estudo consiste em compreender se a intervenção em parceria traduz inovação, e em que dimensões, ou se corresponde a uma expectativa, presente nos discursos dos decisores políticos e dos actores sociais que pretendem mudar o sistema de apoio a mulheres vitimas de violência conjugal. Através de um estudo de caso (das cinco parcerias existentes em Portugal até Abril de 2008 e dedicadas à intervenção com mulheres vitimas de violência conjugal) percebemos que estes actores sociais inovaram na reorganização dos serviços e na melhoria das práticas de intervenção, investindo mais na dimensão tecnocrática do que na dimensão sociopolítica da intervenção. A racionalidade no agir, a participação social no âmbito local e a definição da violência conjugal como questão de género, traduzem uma faceta de modernidade mas a acção reflexiva e a valorização do conhecimento assente nas práticas de intervenção, não permitem em definitivo identificar estes actores sociais com o agir crítico nem afirmar a intervenção por eles realizada em parceria como inovação. Este estudo evidencia o desfasamento entre intenções e práticas das parcerias e entre acção e conhecimento do fenómeno da violência conjugal.
- Militares contratados : vivência e reinserção : da vivência à reintegração sócio-profissional dos oficiais do exército em regime de contrato, no mercado civil de trabalhoPublication . Cobra, Jorge Filipe de Oliveira Gonçalves; Neto, João Batista Nunes Pereira; Carmo, HermanoO avanço científico e tecnológico conduziu à substituição dos exércitos de massas por forças de elite, de dimensões reduzidas. Este facto e o de todos os cidadãos terem direitos iguais pôs em causa a conscrição. Em consequência os estados tiveram de recorrer ao recrutamento de voluntários para manter as Forças Armadas. Esta tarefa é tanto mais espinhosa quanto maior for a prosperidade desses estados e das entidades empregadoras que concorrem, no mercado de trabalho com as Forças Armadas. Estas tiveram de criar sistemas de incentivos muito apelativos tanto no que se refere ao período do contrato, como ao da reinserção na vida activa civil. Portugal possui um quadro legal adequado e regulamentado, mas a falta de coordenação entre as entidades envolvidas e a escassez de meios financeiros dificultam o recrutamento dos mais aptos, pelas Forças Armadas, que têm de recorrer aos Centros de Emprego. Esta situação torna ansiosos, quanto ao futuro, os voluntários em regime de contrato, frustra as expectativas dos ex-contratados e provoca desconforto nos militares do quadro permanente, face à dificuldade ou impossibilidade de concretizar um seu eventual desejo de reconversão profissional. Desta forma, a nossa investigação assenta essencialmente na dinâmica do recrutamento, da retenção e da reinserção dos militares contratados que passam alguns anos das suas vidas no interior da organização militar. Do estudo efectuado, concluímos que: 1) a variável «vínculo institucional» é importante na formação de atitudes e comportamentos nos militares do Exército; 2) existe cepticismo por parte dos militares contratados no que respeita à inserção ou reinserção no mercado civil de trabalho; 3) o «Sistema de Incentivos» é encarado como factor motivador para o recrutamento e não como mecanismo actuante de reintegração socioprofissional.
- Parentalidade(s) nas famílias nucleares contemporâneas com crianças em idade pré-escolar : dimensões, desafios, conflitos, satisfação e problemasPublication . Mesquita, Margarida Maria Rosa; Torres, Anália Cardoso; Carmo, HermanoAs mudanças ocorridas nos últimos séculos, nas sociedades ocidentais em geral e nas famílias em particular, conduziram a transformações na forma de conceber a parentalidade, de a exercer, e, até, nas expectativas criadas em torno da mesma. Destacam-se entre essas mudanças, pelo seu impacto na parentalidade, a crescente integração das mulheres no mercado de trabalho, o crescente interesse pelas crianças e a dinâmica gerada em torno do Estado Providência. Constitui, por isso, um desafio para a sociologia da família conseguir compreender aquela realidade, identificar possíveis problemas e compreender as suas inter-acções. É para a compreensão e explicação destas novas realidades que o presente estudo pretende contribuir permitindo assim o melhor conhecimento da parentalidade nas famílias nucleares contemporâneas. Para o efeito, foi realizado um inquérito por questionário a uma amostra de progenitores (200 mães e 158 pais), cujos filhos, no ano lectivo de 2008/2009, frequentavam os Jardins de Infância da rede pública do concelho da Amadora e viviam numa família nuclear: em que ambos os progenitores trabalhavam a tempo inteiro e eram de nacionalidade/naturalidade portuguesa; e os filhos eram todos biológicos e não estavam sinalizados como tendo necessidades educativas especiais. Na pesquisa foram analisadas as representações, expectativas e práticas relativas à parentalidade o que permitiu caracterizar a mesma em duas das suas dimensões principais - o envolvimento parental e a co-parentalidade - e em dois dos seus mais importantes desafios - a conciliação da esfera do trabalho com a da parentalidade e o encontrar de soluções socioeducativas e de guarda das crianças nos períodos em que os progenitores se dedicam ao trabalho. São identificados alguns problemas e suas inter-relações o que permitiu concluir que a parentalidade nas famílias nucleares contemporâneas além de complexa é diversa, associa diferentes tipos e graus de problemas, e é também diversificada, existindo perfis diferentes de progenitores.