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- A oficina de João de Ruão: os escultores, a relação oficinal e a gestão do trabalhoPublication . Gonçalves, Carla AlexandraEste artigo pretende estruturar o conhecimento sobre a oficina de João de Ruão, colocando em discussão o problema das relações oficinais, da gestão do trabalho e dos escultores que a historiografia artística tem associado ao Mestre normando. Partindo da organização socio-laboral coimbrã, e inquirindo sobre qual seria o ambiente formativo deste artista na Normandia – um assunto tão inexplorado quanto difícil, pela parcimónia de dados – , que também terá moldado os seus hábitos de trabalho, revisitam-se criticamente os nomes dos artistas que, em Coimbra, têm vindo a associar-se ao estaleiro do Mestre, com o sentido de responder à pergunta sobre a dimensão humana e social daquela que tem vindo a considerar-se a maior e mais profícua oficina de escultura do século XVI. Tentando dar resposta às questões colocadas têm, também, de averiguar-se os moldes de associação laboral, num quadro de relações que parte do aprendizado até à integração dos artistas no mercado, bem como as designações dos sujeitos envolvidos neste processo, nomeadamente a significação de criado, situada entre o apaniguado, ou protegido, o serviçal generalista e o aprendiz que pretende especializar-se num ofício.
- The entombment of Christ by Jean Rouen, a mysterious work and a case of formal transmigrationPublication . Gonçalves, Carla AlexandraNo início dos anos 40, João de Ruão esculpiu, em Coimbra, uma espectacular Deposição no Túmulo. A historiografia artística tem vindo a integrar esta obra na Capela do Santo Sepulcro da igreja monástica de Santa Cruz (atualmente no Museu Nacional de Machado de Castro — MNMC, n.º E 109), mas os testemunhos históricos omitem esta presença. Entre 1540 e os últimos anos do século XIX, não existem referências à monumental Deposição em Santa Cruz, facto que instigou a aprofundar a pesquisa sobre a fortuna histórica desta obra de arte. O objectivo deste artigo é confrontar este conjunto escultórico monumental de Coimbra com outras fontes de influência visual, como os tableaux vivant criados nos teatros (litúrgicos) dos mistérios (comuns na Normandia naquela época), compará-lo com algumas obras semelhantes construídas em território francês entre finais do século XV e primeira metade do século XVI, e verificar a sua fortuna histórica.