Browsing by Author "Pinto, Maria Carolina da Cunha"
Now showing 1 - 2 of 2
Results Per Page
Sort Options
- Identidade cultural na (e em) rede : as redes sociais digitais (Facebook) como espaço de revivificação e afirmação da identidade cultural dos jovens migrantes portugueses, na SuíçaPublication . Pinto, Maria Carolina da Cunha; Ribeiro, José da SilvaA presente dissertação gravita em torno da tríade teórica juventude migrante, identidade cultural e redes sociais digitais e propõe, em primeiro lugar, cartografar os usos sociais e culturais das tecnologias digitais - Internet - a partir da experiência da emigração, e em segundo lugar, compreender a importância e/ou o papel das redes sociais digitais na identidade cultural dos jovens portugueses migrantes na Suíça. O Facebook constitui o locus da pesquisa empírica, a partir do qual, é construído um percurso metodológico aberto, flexível e de matriz etnográfica aplicada ao ambiente virtual. Face às singularidades e ao hibridismo do locus, faz-se o exercício de articular diferentes instrumentos e técnicas de recolha de dados tais como: o inquérito por questionário digital aplicado nos grupos diaspóricos portugueses no Facebook, a observação participante nas cronologias e perfis dos jovens migrantes portugueses que integram a amostra do questionário e a realização de entrevistas semiestruturadas em linha aos administradores dos grupos diaspóricos observados. Os resultados obtidos revelam que os jovens migrantes portugueses se encontram imersos num estilo de vida digital, no qual as tecnologias assumem não só um papel central nas suas vidas enquanto meio de comunicação, de contacto e de socialização inter pares como também constitui uma ferramenta indispensável em situação de emigração. De uma panóplia de redes sociais referenciadas, o Facebook, é inequivocamente a rede social privilegiada pelos jovens migrantes portugueses para o contacto com familiares e amigos em Portugal. Para além da componente social, comunicacional e interacional da rede social em estudo, identifica-se uma forte componente cultural observada quer nos grupos diaspóricos vocacionados para a comunidade migrante portuguesa na Suíça quer nos perfis ou cronologias dos jovens migrantes. Os grupos diaspóricos, dos quais os jovens migrantes são membros, possuem um papel relevante não só como veículo de comunicação e divulgação de eventos e festas culturais portuguesas, como também parecem ser responsáveis pela intensificação do contacto entre os jovens migrantes portugueses em offline. Por fim, enquanto “rede cultural”, o Facebook, assume-se um espaço simbólico e nostálgico, gerador de pertenças e de identidade cultural, contribuindo para a revivificação da língua e da cultura portuguesas.
- Percursos de integração dos novos fluxos de migrantes portugueses no Cantão de Zurique: estratégias e desafiosPublication . Pinto, Maria Carolina da Cunha; Horta, Ana Paula BejaO presente estudo procurou mapear, compreender e analisar o percurso de integração dos novos fluxos de migrantes portugueses, na Suíça, no Cantão de Zurique, a partir das suas autoperceções. Como ponto de partida empírico recorreu-se a uma metodologia mista que conciliou diferentes instrumentos de recolha de dados tais como: o inquérito por questionário aplicado em diversas redes sociais, as entrevistas autobiográficas realizadas aos migrantes e as entrevistas semiestruturadas não só aos administradores de grupos na rede social Facebook como também aos atores sociais com vínculo a instituições suíças e portuguesas. Os principais resultados obtidos revelam uma diversificação de perfis e alterações estruturais ao nível das qualificações, em que predominam os migrantes com habilitações de nível superior. A maioria dos portugueses inicia o seu percurso de integração pela via laboral. A estratégia para uma integração com sucesso tem como pilar fundamental as redes familiares e de amigos portugueses já estabelecidos na Suíça. Elas figuram como a estrutura segura e de apoio ao projeto migratório e, posteriormente, ao percurso de integração. Por seu turno, as redes de colegas suíços e estrangeiros contribuem não só para a sua integração sociocultural, mas também para a sua mobilidade profissional. Nas suas autoperceções, é na dimensão da linguística que os migrantes, numa fase inicial, sentiram maiores dificuldades. Face às evidências empíricas, concluiu-se que os portugueses que migraram para o Cantão de Zurique, no arco temporal de 2013-2019, se consideram bem integrados na sociedade suíça, fazendo um balanço positivo da sua integração nesta geografia de destino.