Browsing by Author "Matias, Carla Sofia Andrade Vicente"
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- Os usos espaciais das construções com preposições em português língua não-maternaPublication . Matias, Carla Sofia Andrade Vicente; Batoréo, HannaO presente trabalho, enquadrando-se nas competências semântica e sintática da língua (Sim-Sim, 1998) e inserido-se no quadro teórico-metodológico da Linguística Cognitiva, teve como ponto de partida um corpus linguístico produzido por vinte alunos de Língua Materna Inglesa, divididos equitativamente em dois grupos de estudo, de acordo com faixas etárias diferenciadas (11 e 13 anos e 14 e 15 anos). Apresentando como suporte teórico o quadro tipológico de Leonard Talmy (1975, 1978, 1983, 1985, 1988; cf. Batoréo, 2000) sobre o estudo do Espaço, foi nosso objetivo investigar os usos espaciais das construções com as preposições „a‟, „para‟, „de‟, „em‟ e „por‟ por alunos de Português Língua Não-Materna (PLNM), destacando, de acordo com as preposições acima mencionadas, a Situação de Deslocação – Movimento (Origem, Ponto de Chegada ou Direção, Percurso e Modo da deslocação) e Localização. Neste âmbito, pretendemos apresentar contextos de uso espacial de construções com preposições a alunos PLNM, de forma a descrever e caracterizar tanto as suas dificuldades como as suas competências linguísticas na área, tomando em consideração, na análise dos dados, fatores como os anos de permanência em Portugal, os anos de aprendizagem da língua, a idade e a motivação. De acordo com os resultados obtidos, comprovou-se a existência de variação nos usos espaciais das construções com as preposições em estudo por parte dos alunos PLNM, particularmente na Situação de Deslocação, sendo que na Situação de Localização os alunos revelaram melhores competências linguísticas. Assim, concluímos que os alunos PLNM demonstraram mais dificuldades (i) no Ponto de Chegada ou Direção (no uso das preposições „a‟ e „para‟, especialmente na oposição do traço semântico de [- permanência] e [+permanência]; (ii) no Modo como é efetuada a deslocação (uso das preposições „de‟ e „em‟ com meios de transporte genéricos e mais específicos, respetivamente, e com a preposição „a‟ quando o meio de transporte é concebido como não-contentor); (iii) na marcação do Percurso da deslocação (uso da preposição „por‟). Deste modo, são confirmadas as hipóteses de trabalho apresentadas inicialmente. Após análise e discussão dos dados recolhidos, julgamos que fatores como a idade dos sujeitos ou o tempo de permanência e aprendizagem da língua não se revelaram determinantes para a justificação dos resultados obtidos.