Browsing by Author "Figueiredo, Maria Felícia Henriques de"
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- Locus de controlo : variável influente ou influenciada pelo desempenho na matemática? : estudo com uma amostra de alunos do 3º CicloPublication . Figueiredo, Maria Felícia Henriques de; Oliveira, IsolinaInsegurança ou perda do controlo sobre o desempenho na Matemática constituem sentimentos experienciados por muitos alunos, independentemente do percurso curricular seguido. Estes sentimentos podem estar relacionados com o conhecimento adquirido em experiências anteriores sobre as causas do seu (in)sucesso. O locus de controlo, enquanto variável da personalidade, exprime as expectativas generalizadas do aluno relativas ao grau de controlo que consegue exercer sobre os acontecimentos que ocorrem na sua vida escolar. O estudo correlacional realizado teve como objectivo analisar a reciprocidade de influência entre o constructo locus de controlo e o desempenho na Matemática, em função do percurso curricular seguido pelos alunos. A amostra foi constituída por 163 alunos (N=163) do 3º Ciclo, dos quais 38 (23%) seguiam o Percurso Curricular Alternativo (PCA) e 135 (77%) o Percurso Curricular Comum (PCC). A recolha de dados foi apoiada pelos instrumentos: versão portuguesa da escala multidimensional de Locus de Controlo (MASLOC), traduzida por José Barros (1992); escala de Auto-Eficácia Académica (EAEA), de Neves e Faria (2005a); avaliação sumativa interna do segundo período; questionário para Avaliação do Valor Atribuído ao Sucesso e Persistência no Estudo. Os principais resultados da investigação sugerem que: o percurso curricular prediz a internalidade, crença que está mais enraizada entre os alunos PCC; a percepção de controlo não muda com o ano de escolaridade, independentemente do percurso; o locus de controlo influencia, indirectamente, o desempenho, sendo que a crença de controlo externo, através do desânimo, exerce maior influência no desempenho dos alunos PCA; o sucesso influencia a internalidade e o desânimo, síndrome presente nos dois percursos, é determinado pela crença de controlo externo; comparando o desempenho com o perfil de locus de controlo, os alunos internos PCC têm mais sucesso que os internos PCA e os externos, dos dois percursos, apresentam menor sucesso do que os internos; ainda que diferentes, as expectativas de autoeficácia dos alunos internos dos dois percursos influenciam, igualmente, o seu desempenho. Por fim, reflectimos sobre as implicações de alguns resultados do estudo para a prática pedagógica, sugerimos pistas que poderão apoiar futuras investigações e propomos um projecto de intervenção holístico destinado à população em estudo, baseado numa concepção dinâmica de inteligência.