Pinto, Porfírio2023-01-112023-01-112020978-65-5637-169-6http://hdl.handle.net/10400.2/13122Um dos aspetos da doutrina cristã mais criticados pelos meios libertinos dos sécs. xvii e xviii foi a escatologia dos “fins últimos” (novissima), que marcou toda a Idade Média e também serviu para alimentar uma certa “pastoral do medo”. Essa escatologia distinguia entre os fins individuais – os “novíssimos do homem”: morte, juízo, inferno e paraíso – e os fins gerais – os “novíssimos do mundo”: o fim do mundo, a parusia, a ressurreição dos mortos e o juízo final. Nas narrativas “apocalípticas” de carácter popular que aflorámos neste estudo não é difícil detetar um “diálogo” pós-moderno com essas doutrinas cristãs. Podemos mesmo considerar ditas narrativas num plano de mediação entre o desconstrucionismo pós-moderno e a escatologia judaico-cristã (ver WÖLL, 2019). De todos os modos, como vimos, as narrativas da cultura popular atual comungam de um pessimismo que contrasta vivamente com a esperança da escatologia cristã.porAlmas penadasEducação(I)mortalidadeQuase morteZombiesO desejo de imortalidade em tempos “Apocalípticos”book parthttps://doi.org/10.37008/978-65-87204-53-6.11.10.20