Franco, José EduardoOliveira, Luiz Eduardo2023-01-022023-01-022022978-65-5953-056-4http://hdl.handle.net/10400.2/12890Redescobrindo a importância capital do ensino para a reforma do Estado e do capital crítico e ideológico que o seu exercício poderia encerrar, o governo despótico do Marquês de Pombal empreendeu uma reforma contra o ensino tradicional, este de acesso alargado, que estava hegemonicamente nas mãos de privados, em especial nas da Companhia de Jesus. Na perspetiva da prossecução de uma ideologia política estatizante, absolutista e ultrarregalista, a reforma pombalina, de forma precursora (antecipando-se, neste aspeto, à própria França revolucionária), operou a constituição de um sistema de ensino estatal, ou estatizante, uniformizado e secularizado. Para o efeito, criou estruturas orgânicas centralizadas de direção e inspeção, e promoveu a dignificação social da profissão docente, para além de ser precursora da sua profissionalização e corporativização. O ministro de D. José I integrou nas suas medidas reformistas do ensino muitas das propostas que os intelectuais iluministas portugueses críticos do ensino tradicional tutelado pela Companhia de Jesus, como José de Castro Sarmento, Luís António Verney, Ribeiro Sanches e Pereira de Figueiredo, vinham fazendo desde a década de 40 do seu século. Em boa parte, o mérito de Pombal foi ter sido capaz de dar feição programática e execução política a um ideário reformista do ensino que já vinha sendo refletido e proposto por tais intelectuais.porEducaçãoIluminismoPolítica educativaPropagandaMarquês de PombalEducação Iluminada: reforma ou revolução? Política educativa pombalina e justificação propagandísticabook part