Vila Maior, Dionísio2023-08-012023-08-012023978-65-87065-55-7http://hdl.handle.net/10400.2/14693No cenário civilizacional contemporâneo, que muito assenta na cultura do imediato, tantas vezes em detrimento da dimensão humana e humanista, torna-se imprescindível proporcionar hábitos e leituras que de algum modo possam contribuir para a preservação, esclarecimento, divulgação e estruturação de uma outra memória, marcada esta por hábitos de leitura e de escrita, por uma consciência do livro como “fonte da vitalidade do espírito” (como disse George Steiner), mesmo que à custa do recurso ao multivocalismo hipertextual. Sabendo-se que nem a Literatura, nem as condutas sociais são fenómenos estáticos — e a Língua, como disse Mikhaïl Bakhtine «vit et évolue historiquement dans la communication verbale concrète, non dans le système linguistique abstrait des formes de la langue, non plus que dans le psychisme individuel des locuteurs» —, abordo, entre outras questões anexas: a necessidade de se outorgar a confiança às Humanidades (e, no caso concreto, à Literatura); a (absoluta) necessidade do hábito da escrita e da leitura do texto literário, num universo cada vez mais marcado pelas novas tecnologias da informação e comunicação que vão cromatizando polifonicamente uma cultura digital com uma interface dominada pelo poder cibercultural e hipertextual da webwriting e da weblecture.porLiteraturaHipertextoHumanidadesTecnologias da informação e comunicaçãoWebwritingWeblectureO livro e a possibilidade do acontecimento estéticobook part