Clariano, Tiago2022-10-212022-10-212022-10Clariano, Tiago - “May your heart be your guiding key”: the aesthetic education of Kingdom Hearts. "RE@D – Revista de Educação a Distância e eLearning" [Em linha]. ISSN 2182-4967. Vol. 5, nº 2 (outubro 2022)2182-4967http://hdl.handle.net/10400.2/12387“May your heart be your guiding key” é uma máxima recorrentemente dita na saga de videojogos Kingdom Hearts (2002—). A frase costuma ser dita antes da partida para determinadas jornadas e a sua gramática implica um elemento de incerteza que depende das questões fatalistas levantadas pelo enredo. Esta incerteza gera uma tensão entre o poder individual de escolha que a frase solicita e o grande plano do enredo. A capacidade de escolher é um dispositivo narrativo para a auto-determinação das personagens no género literário do Bildungsroman, onde a escolha tem implicações morais e psíquicas para a caracterização das personagens; Franco Moretti defende que “o Bildungsroman pretende construir o Ego e fazer dele o centro indisputável da sua estrutura” (1987). Em Kingdom Hearts, os protagonistas têm de deliberar certos cenários que estão condenados a levar à Guerra das Keyblades. O enredo que junta os vários jogos da saga foca-se no romper deste ciclo. Kingdom Hearts serve uma forma imersível do cânone da Disney, da Pixar e da Square-Enix e, como tal, leva o jogador a fazer escolhas baseadas num contacto profundo com os mundos, enredos e personagens destas produtoras, fazendo dos seus corações chaves que os guiam.“May your heart be your guiding key” é uma máxima recorrentemente dita na saga de videojogos Kingdom Hearts (2002—). A frase costuma ser dita antes da partida para determinadas jornadas e a sua gramática implica um elemento de incerteza que depende das questões fatalistas levantadas pelo enredo. Esta incerteza gera uma tensão entre o poder individual de escolha que a frase solicita e o grande plano do enredo. A capacidade de escolher é um dispositivo narrativo para a auto-determinação das personagens no género literário do Bildungsroman, onde a escolha tem implicações morais e psíquicas para a caracterização das personagens; Franco Moretti defende que “o Bildungsroman pretende construir o Ego e fazer dele o centro indisputável da sua estrutura” (1987). Em Kingdom Hearts, os protagonistas têm de deliberar certos cenários que estão condenados a levar à Guerra das Keyblades. O enredo que junta os vários jogos da saga foca-se no romper deste ciclo. Kingdom Hearts serve uma forma imersível do cânone da Disney, da Pixar e da Square-Enix e, como tal, leva o jogador a fazer escolhas baseadas num contacto profundo com os mundos, enredos e personagens destas produtoras, fazendo dos seus corações chaves que os guiam.engAestheticsVideogamesAesthetic educationLiteratureCanon formationEstéticaVideo-jogosEducação estéticaLiteraturaCânonejournal articlehttps://doi.org/10.34627/redvol5iss2e202208